Boas Vindas!

Olá aluno(a),

Seja bem-vindo(a) a nossa sala de aula virtual!!

Você está entrando na página reservada à Parte Diversificada do Currículo do Ensino Médio. Aqui você terá suas aulas referente às disciplinas de Estudo Orientado, Projeto de Vida e Eletivas.

Desejamos a vocês uma boa aula e bons estudos!


Equipe Maria Ortiz.

Periferia (R)esiste

Prof.ª Gabriela









Buscando compreender a formação histórica, cultural e geográfica da periferia brasileira, esta eletiva se propõe a debater as questões que perpassam por este local, tendo como base teórica o movimento Hip Hop e demais artes periféricas, como a chamada "literatura marginal". Partindo de um olhar sociológico, pretende-se compreender as questões sociais que atingem a periferia, assim como pensar a formação de uma identidade periférica e os movimentos de resistências protagonizados por esta população.




Aula 1:

Na aula desta semana abordaremos a temática do momento: coronavírus! 

Estamos em meio a uma pandemia, ameaçados pro um vírus que não faz distinção de classe social ou cor. Biologicamente, estamos em um pé de igualdade. Mas e socialmente, será que a pandemia tem gerado os mesmos impactos para todos nós? 

O mestrando em Ciência Política, João Victor Santos, acredita que não. Ele defende a existência de uma enorme diferença nos recursos de enfrentamento a situação atual por parte dos grupos sociais: 

"[...] estar no mesmo mar, não é estar no mesmo barco. Alguns desfilam em belos navios, outros em algumas canoas, e muitos sem coletes salva-vidas ou já sem situação de afogamento."

Neste texto AQUI João analisa como a população negra e periférica está mais vulnerável. Essa análise parte da observação da primeira morte por covid-19 no Brasil: a empregada doméstica Cleonice, que foi exposta ao vírus ao ter que continuar trabalhando para sua patroa, infectada em viagem para Itália. João também aponta como essa população está mais vulnerável por ser exatamente a população com maior comorbidades, ou seja, doenças pré existentes que são agravantes para o covid-19. Essas doenças, como diabetes, hipertensão e tuberculose, estão diretamente relacionadas a qualidade de vida, alimentação e espaços que são historicamente estão disponíveis para a população periférica. 

E aí, você já havia parado para pensar nisso? 

De acordo com o portal de notícias EL PAÍS a maioria das mortes por coronavírus na cidade de São Paulo, a mais afetada pelo vírus, são exatamente na periferia.

Essa imagem faz uma comparação entre os casos de COVID-19 em dois bairros de São Paulo: Morumbi - bairro nobre e Brasilândia - periferia:



Como podemos pensar a saúde da população periférica a partir destes dados? E o acesso a saúde pública, aos hospitais e afins?

O quanto a periferia está vulnerável ao corona vírus? Quantos trabalhadores periféricos tiveram o direito ao isolamento social garantido? Todas as periferias tem acesso aos cuidados básicos de higiene recomendados?

Em um contexto de informalidade no mercado de trabalho, não é só vírus que ameaça a vida do cidadão periférico. Muitos trabalhadores autônomos e informais tem precisado lidar com a incerteza de quando terão uma fonte de renda novamente. De todos os lados, a periferia parece mais uma vez ser a principal afetada. O instituto Marielle Franco vem realizando um trabalho de mapear a situação das periferias durante a pandemia e divulgando ações solidárias que buscam prestar algum tipo de auxílio para estas pessoas. Da uma olhada aqui: Mapa do Corona nas Perifas 

As medidas públicas tem se mostrado insuficientes para dar conta das demandas específicas da população periférica. Um exemplo disso é a dificuldade encontrada por desempregados e trabalhadores informais de acessarem o tal auxílio emergencial fornecido pelo governo federal. 

Nesse sentido, a ideia do "nóis por nóis" vem tentando suprir a necessidade de muita gente, a partir dessas ações coletivas, seja através da arrecadação de doações de produtos de higiene e alimentos para quem encontra-se em vulnerabilidade ou promovendo a conscientização sobre cuidados necessários no momento. O movimento hip-hop tem sido um apoiador dessas ações em várias quebradas, de diversas formas, inclusive a partir das famosas "lives" que arrecadam doações, como foi o caso do rapper Djonga, que arrecadou mais de 100 mil em doações para o aglomerado da Serra, o maior conjunto de favelas de Belo Horizonte. A auto-organização da periferia vem tentando por ela mesma lidar com a situação.







O que você acha de tudo isso? Como a periferia pode enfrentar o covid-19? Quais as políticas públicas são necessárias neste momento? Como estão as coisas onde você mora? As pessoas tem tido direito ao isolamento social? Você concorda com a quarenta? Conta pra gente! 

E vamos de ritmo e poesia pra refletir sobre o momento!!!










Aula 2:

E aí pessoal, tudo certo??? 

Semana passada foi abordado a questão do coronavírus nas periferias e como a pandemia tem gerado impactos diferentes para cada classe social no Brasil. 

Você já percebeu como esse debate, sobre a covid-19, parece estar em todos espaços? Os muros não ficaram de fora dessa! A gente sabe do poder questionador e político que arte possui. 

Vou compartilhar aqui uma série de trampos de grafites pelo Brasil e pelo mundo que discutem a pandemia que estamos vivendo. Com a tinta os artistas abordam a temática por diversos ângulos, seja na homenagem às vítimas ou aos profissionais da saúde, na conscientização da população e até mesmo no questionamento aos representantes públicos. 


O artista plástico Eduardo Kobra lançou um novo mural de grafite que homenageia as vítimas do coronavírus ao redor do mundo. A obra mostra crianças do mundo inteiro usando máscaras contra a Covid-19, com símbolos de várias religiões. Ele postou junto com um pedido para que a humanidade fique em casa e passe com serenidade por esse período de turbulência.
29 de março - Artista palestino finaliza um mural com a frase: 'Combatendo a epidemia, nós protegemos o ser humano e preservamos a Terra', em Rafah, no sul da Faixa de Gaza — Foto: Mohammed Abed/AFP
30 de março - Mural faz homenagem a equipes médicas em tempos de pandemia de coronavírus em Varsóvia, na Polônia — Foto: Adam Stepien/Agencja Gazeta via Reuters
25 de março - Grafiteiros desenham mãos se lavando com sabão no muro de uma escola no bairro de Parcelles Assainies, em Dakar, no Senegal — Foto: Sylvain Cherkaoui/AP
25 de março - Grafite em um muro mostra o novo coronavírus como um monstro em Budapeste, na Hungria — Foto: Bernadett Szabo/Reuters
21 de março - Artistas do grupo senegalês de grafite RBS Crew finalizam o desenho de uma mulher cobrindo o nariz com um lenço enquanto espirra, medida recomendada para prevenção contra o coronavírus, em um centro universitário de Dakar, no Senegal — Foto: Seyllou/Reuters
Um homem caminha acima da pintura mural do grafiteiro Marcos Costa, o Spraycabuloso, que mostra um casal usando máscara contra a Covid-19, na entrada da favela do Solar do Unhão, em Salvador Foto: Antonello Veneri / AFP 
Grafite do presidente brasileiro Jair Bolsonaro ajustando sua máscara durante o surto da doença de coronavírus (COVID-19), no Rio de Janeiro | Fabio Teixeira/NurPhoto/PA Images
Painel de grafite informativo feito e m residência do Complexo da Maré — F o t o: Divulgação / F r e n t e d e M o b i li z a ç ã o d a M a r é


E vocês, viram ou fizeram algum material artístico que debata a situação da covid-19, pandemia, isolamento social? Pode ser um vídeo, uma música, a foto de uma arte.



 Compartilha aí nos comentários ou diz o que achou dos materiais à cima!







Aula 3:


Nessa semana escolhi deixar estes dois vídeos, ainda na mesma temática das últimas semanas. São vídeos curtinhos que nos ajudam a refletir um pouco mais sobre a situação da periferia neste momento. 


  





Após assistir aos vídeos, comente aí: não sua opinião, qual o maior obstáculo para periferia enfrentar a pandemia?


Aula 4:  Necropolítica




Ei pessoal! Em nossas aulas presenciais debatemos um pouco sobre o genocídio da população periférica e isso dividiu muitas opiniões, né? Nos últimos dias o assassinato do garoto João Pedro, de 14 anos, causou muita repercussão nas redes sociais. Entre famosos e anônimos o sentimento era de revolta pela morte do menino dentro de sua casa, enquanto brincava. 



Pensando nisso tudo trago hoje um conceito importante para pensarmos esta questão: necropolítica. Você já ouviu este termo? Ele foi elaborado pelo filósofo e cientista político Achille Mbembe e relaciona o poder do Estado com a morte, estabelecendo uma relação com as opressões de raça, classe e gênero. 



Se liga nesse vídeo aqui para compreender melhor o que é isso:



Se você quiser se aprofundar mais e conhecer o conceito, confere essa reportagem aqui!!!




E aí, qual sua opinião sobre o tema? Você acredita que atualmente o nosso país passa por uma implementação da necropolítica? 


E para refletir mais um pouquinho sobre tudo isso deixo aqui a poesia de Bia Ferreira:





Aula 5: O poder social do grafite



Ei pessoal!!! Nesta semana vou deixar uma sugestão de documentário para vocês assistirem: Multiplicadores


"Documentário sobre a cultura do Graffiti, e tem como foco principal o seu caráter de mobilização e inclusão social no estado do Rio de Janeiro. O filme mostra o processo de multiplicação da arte e da consciência de cidadania entre os jovens, abrindo perspectiva de trabalho e vida."





Diz aí, o que achou do curta? Qual a principal mensagem ele te passa?

Aula 6:

E aí pessoal! To sentindo falta da interação de vocês por aqui, heim?!

Em nossas aulas presenciais e à distância olhamos um pouquinho para alguns elementos do hip hop, mas acho que está faltando um, né? O break. 

Estava guardando este momento para nossas oficinas práticas, mas como, por enquanto, estamos impedidos de lançarmos uns passinhos juntos, vou deixar um documentário que fala um pouquinho dessa expressão artística aqui no Brasil e do seu poder de transformação social e do movimento de resistência promovido por ele. Bora lá?



Uma boa semana para todas e todos. Espero que em breve estejamos juntos e realizando nossas tão esperadas oficinas. 



Aula 7

E aí, pessoal! Tudo tranquilo com vocês? Espero que na medida do possível todas e todos estejam bem, se cuidando e em casa.. pois como diria o Emicida, nesse momento #acasaehnoiz 

Mas vamos lá.. Vocês repararam que até agora a gente falou bastante da história do Hip Hop lá fora, de como ele chega no Brasil... da formação das primeiras favelas em nosso país, mas não falamos ainda do lugar que a gente vive, do nosso estado?

Mesmo que tímida (quando comparada ao cenário nacional) a cena do movimento Hip Hop Capixaba está em constante crescimento. Das diversas  celebrações que ocorrem por aqui, considero que tem uma muito importante:o Festival Origraffes. O Origraffes acontece na Serra, mais precisamente no bairro periférico Feu Rosa - o mais populoso da cidade - e reúne artistas do país inteiro e manifestações de todos os elementos do Hip Hop. 

Confere um pouquinho da história deste festival, que acontece desde 2016 e já recebeu, além de centenas de grafiteiros renomados, MC's reconhecidos, como Marechal, Thiago El Ninho, Síntese.. 



Além da valorização da arte periférica, o Origraffes estreita a relação com a comunidade de moradores da região, que participa ativamente do festival.  

Você já havia ouvido falar do Origraffes ou já foi no festival? O que achou?



Aula 8: Oficinas de graffiti 

Faaaaala pessoal, tudo certo por aí? Desde o começo de nossa disciplina percebo que há uma grande ansiedade por nossas oficinas práticas. Se não fosse pelo contexto que vivenciamos hoje, com certeza já estaríamos realizando-as.

Infelizmente ainda não podemos estar juntos, pondo em prática essa ideia, maaaaas... podemos nos adaptar ao momento e termos essa vivência, certo? 

Pensando exatamente no contexto de isolamento social, a Associação da Cultura Hip-Hop de Esteio está desenvolvendo uma série de oficinas à distância, abordando os diversos elementos do hiphop. Em nossa disciplina vamos começar pelo elemento graffiti. Serão diversos vídeos, disponibilizados semanalmente, onde serão abordados conceitos, técnicas, indicação de materiais e segurança, etc. São vídeos curtinhos, mas muito bem elaborados. Espero que vocês curtam!

E sabe o que é bem legal? Vocês podem receber um certificado por participarem das oficinas! Então, bora lá conferir a primeira vídeo-aula que acabou de sair?


Após assistir ao vídeo, você pode garantir o certificado da participação na oficina clicando AQUI!

Até semana que vem, com um material novo, aprofundando um pouco mais na técnica de graffiti. 

E não deixe de comentar o que você achou!

Aula 9: Oficina de graffiti - segunda etapa

Ei pessoal! Já está disponível a segunda aula da oficina de graffiti, promovida pela Associação da Cultura Hip-Hop de Esteio. Nesta aula educador social e graffiteiro Xamã ensina um pouco sobre os materiais e técnicas de pintura. Confere aí!



Até a próxima semana!



Aula 10: Oficina de graffiti - terceira etapa

Fala pessoal! Tudo certo? Vamos aprender um pouquinho mais sobre técnicas de graffiti? Nessa semana vamos aprender como fazer um material totalmente caseiro para começar a desenhar. 




Conta aí: vai tentar produzir seu material?


Aula 11: Oficina de graffiti - quarta etapa

E aí, pessoal!! Nesta etapa das oficinas de graffiti o artista Xamã ensina mais algumas técnicas de arte de rua e como utilizar o material que ensinou na aula passada, o squeezer. Confere ai então! 





Se você arriscar produzir seu material caseiro, compartilha aqui nos comentários! Eu vou tentar aqui e em breve trago o resultado pra vocês. Até lá!

Aula 12: Oficina de graffiti - quinta etapa

Bora aprender um pouquinho mais sobre as técnicas de graffiti?! A temática de hoje são as letras! 







Comentem aí, acharam fácil ou difícil? Tão se arriscando por aí? 

Aula 13: Oficina de graffiti - sexta etapa


Na sexta etapa da oficina de graffiti, o arte-educador Xamã aborda a construção de personagens na pintura de rua, ou os "personas", como são chamados



Aula 14: Oficina de graffiti - etapa 7


Na aula de hoje vamos pensar como trabalhar as cores dentro do graffiti. Confere aí!




Até semana que vem! Cuidem-se!

Aula 15: Oficina de graffiti - etapa 8


Olá pessoal. Na etapa 8 da oficina de graffiti o educador social e graffiteiro Xamã aborda mais uma técnica de pintura: o efeito 3D. Confere ai:


 Semana que vem teremos nossa última aula  da oficina de graffiti. Até lá!


Aula 16: Oficina de graffiti - etapa 9

E aí, pessoal! Tudo certo por ai? Chegamos em nossa nona (e última) etapa da oficina de graffiti. Nesta etapa vamos relembrar algumas técnicas das aulas anteriores e pensar como aplica-las conjuntamente em uma peça de graffiti. 


Chegamos ao fim da nossa oficina de graffiti. O que você aprendeu com as aulas? O que mais gostou? E o que acha que ficou faltando? Me conta aí nos comentários!

Lembrando que você pode garantir um certificado de participação acessando o link: 

https://forms.gle/64iQ5aW59cNJGLQL9


17 comentários:

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  3. Apesar da mídia divulgar a todo momento o tamanho da gravidade dos problemas que o vírus trás, ainda tem muita gente não levando a sério, furando o isolamento social sem necessidade (se reunindo com amigos/pessoas sem algum motivo relevante) com isso colocando a própria saúde em risco,e até mesmo de outras pessoas. É preocupante a situação, milhares de pessoas morrendo, famílias sofrendo... Que toda essa situação chegue ao fim, que os trabalhadores da linha de frente consiga achar a cura, e que tudo volte ao normal.

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  4. Os grafiteiros arrasaram muito nos desenhos e é uma maneira bem mais "divertida" deles expressarem as suas opiniões e homenagens.

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  5. O grafite além de ser uma arte mais descontraída, transmitem muitas coisas; sentimentos, opiniões, informações e etc.. sem contar que ele se faz presente em vários lugares (que possui uma visualização grande).

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  6. O maior obstáculo da periferia nesse momento tão caótico que estamos passando é sem dúvidas as diferenças de classe, pois sabemos que é na periferia que tem mais dificuldades, desemprego, a falta de ajuda do governo, pessoas sem se dá ao "luxo" de ficar em isolamento, pois precisam trabalhar pra conquistar o "pão de cada dia", apesar do governo dizer que ajuda, sabemos que na realidade essa tal ajuda não chega ao alcance de todos

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  7. Infelizmente notícias como o assassinato de João Pedro é frequente em noticiários, que um dia toda essa situação triste não seja frequente no nosso país

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  8. Muito bom o vídeo dos "Multiplicadores", e é triste e as vezes até um pouco revoltante que pessoas como eles não tenham a devida consideração ep respeito perante as classes mais altas, e que muitas das vezes são julgados cruelmente por pessoas com mentes fechadas.

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  9. Nunca tinha ouvido sobre esse festival, mas gostei bastante do trabalho deles.

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  10. Achei bem legal a iniciativa deles de fazerem essas oficinas.
    Agora eu to com vontade de fazer um no meu quarto...

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  11. O vídeo deu uma ajuda muito grande, pois achava que para poder fazer alguma coisa relacionada ao graffiti seria necessário ter um spray (que não é muito barato).
    Quero muito tentar fazer esse material caseiro.

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  12. Gostei muito saber tudo sobre o break (dança de rua) que ela tem uma junção com o DJ, o grafite e a dança, acredito que nesses encontros deve ser um máximo!

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  13. Achei muito interessante sobre o festival, o legal é que a comunidade, se envolva nas pinturas dos graffites, trazendo alegria e mais cor para o local

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  14. Gostei bastante das aulas da oficina de graffite! Me deu até vontade de fazer

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